domingo, 30 de novembro de 2014

As Montanhas de Duas Barras!



Na saída da cidade, de dentro do ônibus, observei as montanhas. As que que estavam mais perto eram de um verde pálido, e as de longe, de um cinza azulado. Estavam envoltas em nuvens de um cinza chumbo, pesadas e chorosas. Por segundos me uni à elas... Nascidas do seio da terra, e erigidas com majestade, como que tentando alcançar o céu sem sucesso....
E abraçada às montanhas, senti o pulsar de seus corações. Senti suas dores, seus temores, seus anseios e seus amores. Me senti una com elas. Majestosa e opulenta, com altos e baixos, cheia de vida e ao mesmo tempo devastada, desmoronando por um lado e me erguendo por outro. Cheia de cicatrizes. Em meio à terra, pedras e árvores estava eu lá, tentando alcançar o céu e no máximo chegando às nuvens, onde nada mais podia fazer a não ser sonhar com dias melhores....
Em uma fração de segundo a visão se desfez e eu segui refletindo o quanto podemos vivenciar  e aprender, ou quanto podemos apenas sonhar nesse tempo sem tempo....

Carmem de Vasconcellos

27/11/2014


Namaste




Um comentário:

  1. Em tantas coisas nos identificamos com a natureza... Ou seria ela que se identifica conosco?
    Nossos anseios, desejos, dores, alegrias, decepções, fracassos, devaneios, aflições... Cada qual de sua forma, mas sempre tão comuns. Somos nós, humanos, que criamos essas situações? Pode ser que sim, mas também pode ser justamente o oposto, afinal a Natureza vibra, então, por qual motivo ela não expressaria tais sensações?
    Adorei tua postagem, minha amiga Carmem, as montanhas e o céu de Duas Barras são lindos!

    Namastê.

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