domingo, 4 de dezembro de 2011

Esmaltação com Cinzas





"A alquimia permite criar joias com argila, como faziam os egípcios.
É aí que o forno torna-se parte do universo onde o tempo é ignorado.
O fogo ainda é o mesmo e a magia do vidro se processa da mesma forma.
Com intensidade e energia o ceramista traz das cinzas o brilho e a poesia das cores, transmitindo seu profundo amor à natureza.”



        Os esmaltes com cinzas vão apresentar diferenças no aspecto final, como textura e cor, modificando-se, por exemplo: a camada de aplicação ou a atmosfera da queima, se em oxidação (forno elétrico), ou em redução (forno à gás e à lenha).
        Os esmaltes com cinzas tendem a escorrer, os cuidados com relação às prateleiras do forno, devem ser tomados, como uma boa aplicação de caulim e alumina, em baixo da peça, aonde não estiver esmaltado, ainda pode-se passar glicerina..
         As cinzas podem ser lavadas ou não.  O processo é simples, mas envolve algum trabalho.
Consiste em deixa-las de molho em água depois de misturar bem para que decantem. Nunca misturar com as mãos as cinzas que estão de molho. É necessário o uso de luvas de borracha, pois a solução é bastante cáustica. Tira-se então a água com as sujeiras que migram para a superfície e repete-se o procedimento por algumas vezes, alguns ceramistas lavam apenas uma vez.
        As cinzas podem ser secas sobre gesso ou folhas de jornal. Quando secas podem ser peneiradas e estarão prontas para o uso (cuidado com as correntes de ar, pois as cinzas continuam corrosivas).
        As cinzas podem ser obtidas de vários materiais, e cada uma pode dar um efeito diferente ao resultado final.
        Pode-se obter cinzas da queima de folhas de bananeira ou cascas de bananas


(cinza potássica), casca de arroz,  flor de cedro, folhas de embaúba, coadores de café usados, cascas de ovos.
        Depois de obter as cinzas, coloque-as em potinhos e catalogue-as.
        Use-as misturando ao esmalte ou engobes. Faça testes e use sua criatividade, os resultados são fascinantes.








Namaste!

Carmem de Vasconcellos


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